Beechcraft E-18

A Beech Aircraft Corporation de Wichita, Kansas, projetou este avião para atender as necessidades das poucas empresas aéreas que já atuavam nos anos 30.


Em 1937 iniciaram-se as entregas e a produção durou até 1969. Foi uma das produções mais longas da história da aviação. Durante esse período 9.100 unidades foram produzidas em diversas versões militares e civis. Somente durante a Segunda Grande Guerra foram fabricados 5.200 exemplares deste imponente bi-motor convencional de empenagem dupla. Estima-se que 90% dos pilotos bombardeiros e navegadores dos EUA, foram treinados nesse tipo de equipamento durante a guerra.

Sua estrutura é extremamente robusta, semi-monocoque toda metálica apenas com as superfícies de comando enteladas. Cada uma das asas são equipadas com um motor Pratt&Whitney R-985 – NA-14B Wasp radial com sete cilindros, disponibilizando uma potência de 450hp e três tanques (alguns modelos possuiam tanques de nariz).

Em substituição aos velhos B-26, em meados da década de 60, o Ministério da Aeronáutica adquiriu seu primeiro lote de “C-45” (designação dada na Força Aérea ), que mais tarde ganhariam o apelido na FAB de “Mata Sete”, devido a disposição da versão deles que possuía cinco assentos para passageiros e dois para tripulantes. Deste primeiro lote de 14 aeronaves, 12 foram entregues ao 5° Gav para instrução de vôo dos aspirantes aviadores e dois para o GTE – Grupo de Transporte Especiais, onde receberam a designação de TC-45T, que mais tarde passou a ser U-45T. Estas aeronaves atenderam a instrução de vôo da FAB de 1964 até 1969, quando foram distribuídas aos Esquadrões de Transporte Aéreo. O GTE operou com estes aviões até 1968, quando foram substituídos pelos HS-125.

Em 1976, o Ministério da Aeronáutica leiloou no PAMA-AF, no Rio de Janeiro toda a frota destas aeronaves, que passaram então, a atender às companhias civis. Nesta época o B-18 passou a ser bastante utilizado nas rotas da Bacia Amazônica em vôos regulares comerciais.

Na Extreme o primeiro Beech chegou em 1982, com o apelido “Sapo de Belém” pintado no nariz. Ainda sem pintura, com o alumínio reluzente, o “Sapo” participou junto com o T-6, PT-KRC, das primeiras demonstrações do Circo Aéreo, sendo parte integrante da história desta trupe.

(Fonte: Extreme Táxi Aéreo, proprietária do Circo Aéreo OI)

North American T-6

A história desde mito começa nos idos de 1937, quando o North American AT-6 venceu uma acirrada disputa entre os grandes fabricantes norte-americanos para o desenvolvimento de um novo treinador de combate para a Força Aérea.
Originário do BT-9, que tinha um motor de 400hp e trem fixo, o projeto foi melhorado, ganhou um trem retrátil, um motor Pratt&Whitney “ Wasp” de 600hp e foi um sucesso absoluto. Recebeu a designação militar de AT-6 de “Advanced Treiner” (SNJ pela Marinha) e foi fabricado entre 1940 e 1954, sendo o último deles produzido no Canadá. O Brasil também chegou a fabricar 81 exemplares entre 1945 e 1952 em Lagoa Santa – MG, sob licença. No total 15.649 unidades foram fabricados no mundo.


Este avião foi largamente utilizado na guerra como treinador avançado, era o passaporte aos caças mais avançados como os P-47 e P-51. Entretanto, algumas unidades chegaram a se utilizar dele em combate para missões de ataque ao solo, observação e até escolta de bombardeiros, forçando-os aos combates aéreos.


A FAB se utilizou dos T-6 até a década de 70. Em 74 foram substituídos pelos “Universal T-25” nos vôos de instrução, e em 1976 a Esquadrilha da Fumaça aposentava as últimas unidades da Força Aérea. Atualmente a Extreme tem três destas maravilhas em seu elenco, o PT-KRC, o PT-LDQ, o PT-LDO.
Mas já começou a restauração da Quarta aeronave, o PT-KVG, que promete ser próximo NA T-6 a participar das coreografias nos céus.


É um monomotor de asa baixa, trem retrátil, com uma robusta fuselagem semi-monocoque em tubos de aço soldados revestidos com painéis de alumínio, facilmente removíveis para manutenção. As asas também metálicas, acomodam dois tanques de combustível (um de cada lado) com 55 galões de capacidade cada um.


Sob elas atuam os flaps hidraulicos tipo “split”, com deflexão de até 45°. As superfícies de comando são enteladas e comandadas através de cabos. O canopy deslizante dá um charme bem especial a esse conjunto.


O grupo motopropulsor é movido por um Pratt&Whitney radial R-1340-Na-1, de nove cilindros que desenvolvem 600hp. A hélice é uma Hamilton-Standart bipá metálica, de velocidade constante.


As aeronaves da Extreme mantém suas características originais, só dispoem a mais de um reservatório de óleo com cerca de 90lts, localizado atrás do banco do passageiro, para alimentação do sistema de geração de fumaça. Este funciona de maneira simples, com um bomba elétrica injetando o óleo na saída do escapamento, que ao queimar deixa o rastro de fumaça.


Quem voa em um North American jamais esquece. Os que já voam o elegeram um dos melhores treinadores militares do mundo, com uma excepcional qualidade de vôo. E aqueles que voam pela primeira vez, têm a impressão de estar voando em um autêntico “Cadilac alado”.

(Fonte: Extreme Táxi Aéreo, proprietária do Circo Aéreo OI)